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Tatiana Blass, Vaga, 2012

Tatiana Blass

Vaga, 2012

Escultura - dimensões variáveis

Foto: Everton Ballardin

Tatiana Blass, Para o morto, 2012

Tatiana Blass

Para o morto, 2012

Escultura - dimensões variáveis

Foto: Everton Ballardin

Tatiana Blass, Acidente # 12, 2011

Tatiana Blass

Acidente # 12, 2011

Óleo sobre tela

50 x 70 cm

Foto: Edouard Fraipont

Tatiana Blass, Acidente # 13, 2011

Tatiana Blass

Acidente # 13, 2011

Óleo sobre tela

160 x 250 cm

Foto: Edouard Fraipont

Tatiana Blass, Acidente # 14, 2011

Tatiana Blass

Acidente # 14, 2011

Óleo sobre tela

110 x 140 cm

Foto: Edouard Fraipont

Tatiana Blass, Acidente # 15, 2011

Tatiana Blass

Acidente # 15, 2011

Óleo sobre tela

110 x 120 cm

Foto: Edouard Fraipont

Press Release

O acidente é uma cicatriz no curso do previsto, o inusitado que puxa aqueles nele envolvidos para uma percepção outra do tempo, uma percepção de exceção. É a partir desse conceito de casualidade que Tatiana Blass apresenta Acidente, terceira exposição individual da artista na Galeria Millan, que a representa desde 2005. A mostra, com abertura dia 15 de março, quinta-feira, reúne cerca de dez pinturas, uma escultura e uma instalação. Na mesma noite, será lançado catálogo da mostra (distribuição gratuita) com imagens das pinturas e textos literários inéditos de Noemi Jaffe.

Ao chegar à Galeria, ainda no estacionamento, o visitante depara-se com a instalação Vaga: um carro encontra-se parcialmente enterrado, como se chão o tivesse engolido. Nesse primeiro encontro com a exposição, já se torna premente a ideia de tempo que a perpassa e alinhava todas as obras e seus diferentes suportes. O carro deglutido pelo concreto se oferece ao visitante como um instante paralisado, como se o tempo segurasse sua respiração e não nos deixasse entrever seu antes e depois.

No espaço expositivo do térreo, encontram-se cerca de dez pinturas em óleo sobre tela da série Acidente. Nelas, meios de transporte, como carros, motos, aviões e navios, aparecem em um tempo de espera. Uma espécie de neblina, presente em todas as obras, torna impossível distinguir perto de longe, como uma transparência espessa, um obstáculo que tudo envolve, apagando os contornos e desfigurando a profundidade. Tudo parece pulsar pra frente e pra trás, num mesmo plano em movimento, ambíguo, indefinível.

No andar superior, por fim, o visitante encontra a escultura Para o morto. Feita de alumínio fundido, a obra traz a figura de um corpo morto, estendido sob de um lençol. À escultura é adicionado um produto químico, que acarreta a corrosão do alumínio. Como resultado da reação, um pó branco é gerado e descansa sobre a superfície da obra.