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Vista da exposição, Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição

Foto: Eduardo Barcellos

 

Vista da exposição, Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição

Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição, Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição

Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição, Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição

Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição, Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição

Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição, Foto: Eduardo Barcellos

Vista da exposição

Foto: Eduardo Barcellos

Ana Paula Oliveira, Camuflagem, 2013

Ana Paula Oliveira

Camuflagem, 2013

Mármore, cobre, bronze, latão, lente de aumento e linha natural

29 x 19,8 x 22,5 cm

Ana Paula Oliveira, Arquitetura do desconvívio, 2013

Ana Paula Oliveira

Arquitetura do desconvívio, 2013

Impressão com pigmento mineral sobre papel algodão

120 x 86 cm

Press Release

Instalação, esculturas, fotografias e vídeos compõem a nova exposição de Ana Paula Oliveira, intitulada Ainda que te vi. Ao transportar até a Galeria Millan crisálidas vivas cultivadas na região do Pantanal, a artista explora o processo de transformação de substâncias e a tensão entre elementos naturais e seus sistemas de cultivo, pesquisas recorrentes em sua trajetória.

Na instalação, fixados acima de grandes placas de mármore suspensas por cabos de aço, as crisálidas vem pairar sobre os visitantes. Lentes de aumento incrustadas no mármore funcionam como lupas, aproximando opticamente o objeto, ou mesmo interfaces frente às quais é possível assistir ao espetáculo da eclosão dos casulos. Ali posicionadas, entre o visitante e o objeto, filtram e ressignificam o fenômeno, já em constante transformação.

O conjunto de esculturas cria um sistema no qual tudo é controlado: da altura das pedras ao grau das lentes e o tempo de eclosão. Opõe-se assim ao processo natural em que a lagarta escolhe onde se instalar e depende das condições de umidade e calor para completar seu ciclo. Este cenário construído não implica, porém, ausência de conflito. A tensão está latente nos deslocamentos físicos e temporais propostos pela instalação, na expectativa do ápice da metamorfose das crisálidas e nas relações que surgirão entre as borboletas recém-nascidas voando pela galeria e os visitantes da mostra.

É precisamente nestes conflitos que reside a chave da produção da artista, como apontou Rodrigo Naves: “a inteligência do trabalho consiste justamente em pô-los numa situação estranha à sua posição natural e com isso torná-los mais visíveis, potentes e perigosos. E o interessante é que, a cada novo trabalho, Ana Paula consegue chegar a significados diversos, ainda que seus procedimentos não mudem radicalmente”.

Somam-se à instalação fotografias de caixas de cultivo feitas no borboletário do SESC Pantanal, que destacam a relação arquitetônica entre as estruturas das caixas e das crisálidas, além de minivídeos que mostram o momento exato em que os casulos eclodem e as borboletas se preparam para acontecer no mundo.